segunda-feira, maio 31, 2004
Apaixonada?!


Apaixonada?
Sim. Pela plena certeza de que se te conhecesse hoje, voltaria a apaixonar-me por ti... Não por ti. Por nós. Amo o que fomos um dia.
Apaixonada?
Sim. Por tudo aquilo que conseguimos edificar. Por cada sorriso, cada olhar, cada lágrima.
Apaixonada?
Sim. Pela doce e estranha sensação que de mim se apossa de cada vez que os teus olhos descem sobre o meu corpo.
Apaixonada?
Sim. Pela Lua, pelas estrelas, pelo infinito. Por este mundo que nos envolve na sua magia.
Apaixonada?
Não. Nostálgica...

*** Vi ***
quinta-feira, maio 27, 2004
Voltei a sentir tudo como na primeira vez.
O primeiro olhar, a batida acelerada do coração, o tremor inexplicável a abalar o corpo.
O primeiro sorriso, as palavras singelas que me dirigiste, a minha resposta atabalhoada.
O primeiro toque, o choque electrizante do teu corpo, a sensação de pairar muito acima do chão.
Tal como na primeira vez, voltou tudo para mim, cada sensação, cada lembrança.
O meu ser a clamar por ti, o meu corpo túrgido e inebriado. O anseio de te prender em mim.
Hoje, como na primeira vez, os meus lábios exalam pequenos suspiros por ti...

*** Vi ***
quarta-feira, maio 26, 2004
Um olhar escrito num poema.
Um riso que me lembra a minha infância, os meus castelos na areia, os meus medos e choros.
Uma voz que ainda me adormece.
Uma mão que ainda me leva pela rua.
Para alguém que sempre cá esteve, um ano mais velho não é um ano a menos de vida, é um ano a mais de presença!
Parabéns Avó!!!

*****pincel*****
terça-feira, maio 25, 2004
Às vezes, a relação pode até nem ser perfeita. A relação pode até nem ser uma relação. Aquela pode não ser a pessoa da nossa vida. O nosso amor pode não ser eterno. Podemos até nem sentir o frio na barriga ou o chão fugir dos nosso pés quando esse alguém passa. Pode ser até que nem sintamos a magia do seu toque, a fantasia do pensamento voar com o seu beijo. O seu olhar pode até nem dar o sentido à nossa existência. Mas ainda assim há algo que nos mantém presos na vontade desse corpo e, de alguma forma, também nos faz sentir vivos!!!

*****pincel*****
segunda-feira, maio 24, 2004
Danço á chuva, revoluteio com o vento, uivo á lua, confidencio desejos ás estrelas.
Perco-me na minha essência, entro em comunhão com o espírito das árvores, das plantas, das flores, inspiro o aroma molhado da terra.
Extasio-me na contemplação do infinito, atravesso a imensidão do espaço, vagueio no horizonte.
Partilho a caminhada do Sol através do céu, alvorecendo todas as manhãs, radioso, ainda que encoberto pelas nuvens envolventes; e despedindo-se ao fim de cada tarde, lentamente, como quem tem pena de não poder ficar....
Atravesso o espaço e o tempo, passando por cima de que quer que procure desviar-me do meu objectivo, numa busca incessante de reencontro, de paz interior, da bonança que já há muito tempo deveria ter-se seguido á tempestade.

*** Vi ***
sexta-feira, maio 21, 2004
A brisa traz-me de longe os sussurros da montanha, os seus segredos, os seus enlevos. Estabelecemos uma comunicação muda, interiorizo a sua essência, deixo a magia apoderar-se do meu ser.
Liberto as minhas sombras, numa evasão campestre rumo ao mais profundo dos vales, ao recanto mais ermo dos montes, ao mais remoto atalho.
Secretamente, em silêncio, reconcilio-me com Deus.
Invoco as forças da Natureza para testemunharem a minha gratidão e reconhecimento.
A Lua ignora a minha prece, encoberta, refugiada no abrigo oferecido pelas nuvens que deslizam no céu negro.
As estrelas são invisíveis ao olhar, limito-me a descortiná-las somente com o coração, na escuridão que envolve o firmamento.
Tendo somente o vento por companheiro, ajoelho no chão, agarro um punhado de terra, fonte de toda a existência.
Cerro os olhos e abandono-me á estonteante sensação de estar viva.

*** Vi ***
quinta-feira, maio 20, 2004
Ontem à noite não foi fácil, sabes.
À vontade incontrolável de chorar despudoradamente juntou-se a tua falta insuprível.
Ontem à noite resolvi chamar a mim tudo o que ainda resta de ti. De nós. Evoquei recordações e desenterrei pequenas insignificâncias, cujo valor só eu sei reconhecer.
Ontem à noite renasceste em mim.
As únicas palavras que alguma vez me escreveste, o anel que me deste naquela noite de Verão, os desenhos rabiscados em guardanapos que fizeste para mim no café. De ti tenho tudo e não tenho nada. Mas a cada objecto eu sei atribuir a sua relevância. Cada um conta a sua história, encerra um pouco de ti.
Ontem à noite, fiquei a conhecer-te melhor.
Através dos meus olhos, chorei as tuas lágrimas, senti a tua dor, desvendei-te o íntimo e mergulhei nas tuas emoções. Estava cega e não sabia, mas ontem à noite tu iluminaste a minha escuridão. E quando me acalmaste no aconchego dos teus braços, voltei a saber-me parte de ti.
Chorei de alegria e sorri para camuflar a dor, perdi-me para te encontrar. Renasci contigo.
Ontem à noite, finalmente, senti que cresci.

*** Vi ***
quarta-feira, maio 19, 2004
Preciso sentir-te a meu lado, nem que estejas tão longe que não te possa alcançar, como na última noite que passámos juntos, em que o teu espírito vogava muito além, pairando algures no infinito. Preciso sentir o calor do teu corpo, nem que o meu toque já não estremeça a tua pele, que o meu olhar já não te provoque um frémito de arrepio e prazer. Preciso que me perscrutes, mesmo que não me vejas, mesmo que a tua mirada tenha perdido todo o fogo habitual. Preciso de ti.....

Ou se o nosso amor não significou nada para ti, se foi apenas um mero divertimento, mais uma das tuas efémeras conquistas, se passou mais veloz que um furacão demolidor, se não deixou uma mácula saudosa, uma recordação enternecedora, se não ficou em ti uma réstia do sabor do nosso último beijo, então diz-me apenas que sou nada, somente pó e cinza e esquecimento....
Diz-me que não te fiz sentir.....

*** Vi ***


terça-feira, maio 18, 2004
De entre todas as coisas que não devia ter dito, mas disse, ou as que devia, mas não confessei, sobeja uma única palavra.
Cumplicidade. Que hoje está morta, por isso não voltarei a mencioná-la. Não gosto de me perder com inexistências. Como a tua. Apraz-me pairar em profundas e melancólicas cogitações, daquelas que não confundem dor com saudade. E nesses breves instantes consigo ser feliz.
Não te espero. Apercebo-me de que, na realidade, nunca o fiz.
A cumplicidade tornou-se uma mera casualidade...

*** Vi ***
segunda-feira, maio 17, 2004
(partes dum texto muito comprido):
Quando eu morrer, não tragam flores, tragam só pétalas e deixem que as minhas cinzas nelas se misturem e desfaçam nas ondas do mar!!!
Quando eu morrer, tragam-me viva no rosto, no olhar, no coração... Porque se para aqueles que vierem eu não estiver morta, então a minha vida será mais eterna que algum deus puderá algum dia permitir!!!
Em especial a quatro pessoas, para quem acredita em algum deus ou algum anjo ou qualquer outra força, que eles vos guardem em paz e com muito carinho!!!

*****pincel*****
sexta-feira, maio 14, 2004
É quase uma da manhã e não consigo dormir.
O vento sopra com força e agita os pinheiros, a chuva escorre pela minha janela como quem pede para entrar, a trovoada rasga o céu e estremece a terra.
Estou sozinha no quarto cá de fora, fumo um cigarro ás escuras. Não pertenço aqui.
Que faço eu neste lugar ermo e remoto, esquecido pelo tempo, afastado de tudo, perdido por entre montanhas e vales? Nestes montes onde o lobo uiva o seu desespero e a sábia coruja enche a noite com os seus piares agoirentos? Que nova etapa da minha vida está prestes a começar? Que surpresas me reservam o futuro?
Abro a janela, deixo que a chuva me ensope a cara e os cabelos, me envolva na sua essência, me purifique a alma me lave os pensamentos. Perscruto o céu negro, onde brilha uma Lua cheia e mágica que promete encantamentos e feitiços. Faço uma prece, invoco os poderes divinos, murmuro uma oração. Escuto o segredo que a Lua me confidencia.
Estamos agora tão perto e continua a haver tanto a separar-nos...

*** Vi ***
terça-feira, maio 11, 2004
Família...no fundo nós vimos de dentro dos nossos pais, ninguém é suposto nos conhecer melhor que eles e eles estão connosco desde sempre, todos os dias das nossas vidas. Mas chega a estas alturas em que eles são os últimos a saber, os únicos a não compreender o que sentimos, os que menos conseguem saber o que estamos a pensar. O que é que se quebrou entretanto? Em que parte é que caiu esta barreira que os põe de um lado e nós de outro? Que véu é esse que há entre nós e não nos deixa ver o que está mesmo à nossa frente? Teremos sido nós? Será que mudámos sem sequer os deixar perceber quem somos? Ou serão eles que sempre irão ver em nós o que querem ver e não aquilo em que nos tornamos todos os dias???
*****pincel*****
A lua é um risco feito à unha no céu negro e aveludado, repleto de miríades de estrelas. Não sopra uma aragem e o único som provém da rebentação, espalhando salpicos de espuma em todas as direcções.
Sinto a areia fria por baixo dos pés, à medida que avanço de encontro ao mar, um vasto espelho de prata. Danço nas ondas salgadas, evocando os espíritos nocturnos. A água invade-me o corpo, apagando quaisquer vestígios de mágoa e lamento.
A noite traz consigo os seus aromas, o seu silêncio, os seus mistérios. Não há como resistir ao seu sedutor apelo, que promete arrebatamento, magia, uma viagem inesquecível à outra face do dia. Noite... mundo das sombras, de encantamentos e feitiços, refúgio dos sonhadores, fuga ao constante desfile de luzes que ferem a vista com a sua clareza.
Sentada num rochedo perdido algures no oceano, contemplo a imensidão do espaço que me rodeia. Somos apenas grãos de areia no universo...
As ondas abatem-se com violência sobre a rocha onde me encontro, formando pequenas gotas que me acariciam a face e os cabelos.
Vejo o teu rosto na água, oiço a tua voz, sinto a tua presença. O vaivém da maré arremessa-te para junto de mim, estendo os braços desejando alcançar-te, mas esfumas-te por entre o marulhar das ondas...
Mergulho no teu encalço, perco-me no meu próprio desespero, ansiando seres mais que uma visão, fruto do meu subconsciente atormentado e dilacerado pela saudade.
As estrelas piscam com mais intensidade, a lua envolve-me no seu brilho prateado. Procuro alguém que não virá nunca, a não ser em sonhos...
Desígnios da noite...


*** Vi ***
segunda-feira, maio 10, 2004
Gostei da subtileza com que ele me tocou, nada mais que um leve roçagar do seu braço no meu peito.
Podia sentir a sua respiração a arrepiar-me a pele, a cara enterrada no meu pescoço, os lábios a desenharem um beijo. As nossas mãos entrelaçaram-se, a selar uma união, uma troca de carícias mútuas.
A explosão do desejo a tomar forma, a plenitude da certeza, a inexistência da dúvida, o tumulto de sensações a fundirem-se numa só no instante em que ele me puxou para si e me fez esquecer.
Diluí-me no seu corpo, no estremecimento das nossas peles em contacto, numa ebulição esfíngica que me alheou da realidade.
A sua intensidade, o poder que dele emanava, arrebataram-me para sítios longínquos onde o único som perceptível era a nossa respiração acelerada, ofegante.
O seu aroma impregnado na minha pele, as mãos a desbravar o meu corpo, a tomarem posse dele, a invadirem-no. O contorno de um beijo, uma cascata interminável que desencadeou um turbilhão apocalíptico e incomensurável.
Um último suspiro, uma carícia e dois corpos entrelaçados numa partilha em silêncio que palavra alguma pode alcançar...


*** Vi ***
domingo, maio 09, 2004
Hoje, eu só queria ficar aqui sentada, quieta. Sem falar, sem fazer nada!!! Presa num sonho sem realidade.
Hoje, eu só queria deixar que uma onda me enrolasse com a sua força, como se eu fosse de borracha.
Hoje, eu só queria que o vento me arrastasse pelo universo fora.
Hoje, eu só queria que um livro me engolisse e me fizesse uma das suas personagens.
Só hoje, eu não queria desaparecer, me abstrair, como já tanto quis...hoje eu queria flutuar e sentir o meu pensamento me baloiçar como a uma criança... hoje eu queria me filtrar no meu próprio mundo e ver tudo a acontecer, queria que a realidade fossem 24 imagens a passar por segundo à minha frente e que eu pudesse assistir aqui sentada, quieta, sem dizer nada, sem fazer nada, só por este momento!!!
*****pincel*****
quinta-feira, maio 06, 2004
As ideias varreram-se...
...o vento levou-as para longe...
...arrastadas pelo tempo...
...refrescadas pela chuva...
...congeladas pela neve...
...derretidas pelo sol escaldante...
...perdidas no infinito...
...afogadas num mar de lágrimas...
...esmagadas pelo arrependimento...
...estropiadas pelo sentimento...

...dilaceradas pela saudade...

*** Vi ***
quarta-feira, maio 05, 2004
Não perguntes, porque não te sei responder.
Não me toques, porque não te sei resistir.
Não me agridas, porque não sei defender-me.
Não me abraces, porque não te sei retribuir.
Não me agarres, porque não sei deixar-te.
Não me caustiques, porque não sei perdoar-te.
Não me comovas, porque não sei chorar.
Não me acuses, porque não sei redimir-me.
Não me afastes, porque não sei aproximar-me.
Não me deixes, porque não sei despedir-me.
Não me lembres, porque não sei recordar.
Não me beijes, porque não sei sentir.
Não fujas, porque não sei alcançar-te.
Não me esqueças, porque também não te sei esquecer...

*** Vi ***
terça-feira, maio 04, 2004
Saí como um furacão, a revolta a tomar posse de mim.
Perder-me por aí, esse era o meu objectivo. Deambular à deriva, solta e livre, falar sem nada dizer, rir só pelo prazer de o fazer.
As horas foram passando e, com o seu decorrer, eu fui perdendo noção do tempo e do espaço, abstraí-me do que me rodeava, até de mim mesma. Não sentia o peso do meu corpo, podia flutuar, pairar na atmosfera, muitos metros acima do solo. Todas as substâncias nocivas a fazerem o seu efeito e eu no meu apogeu de felicidade. Levitava, por entre risos e palavras embargadas, proferidas sem pensar. Estado de euforia contagiante. Nem o frio cortante da serra se fazia sentir. Estava radiante, a saber-me uma força da natureza, livre e indomável.
O que não me impediu de sentir a tua falta, num momento de diminuta lucidez. Uma pequena fraqueza que logo se dissipou em mais um gole de sangria. E, rapidamente, te afastei da minha mente e te remeti para o esquecimento.
Agora, sóbria e consciente, os meus pensamentos voltam a convergir para ti. E eu sei que, novamente, terei que perder noção de tudo para te perder também.

*** Vi ***
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